quinta-feira, 10 de junho de 2004

Construções

O tal do Marx, e muitos outros "velhos" comunistas apresentaram o comunismo como uma "evolução" natural do sistema sócio-econômico. Saia o Neanderthal Capitalista e entrava o Homo Sapiens Comunista. Não devemos observar esse comportamento com estranheza. Na virada do século XIX a teoria darwiniana da evolução das espécies era uma panacéia que justificava tudo e na qual toda novidade a procura de credibilidade buscava apoio. Comunistas, Nazistas, Facistas, Espiritistas, Escolas de Design, Sistemas Teológicos e muitos outros "criadores de mitos" encontravam alegremente no Evolucionismo Darwiniano tanto uma face moderna e "científica" que emprestava credibilidade a suas idéias, quanto um sistema pré-moldado que poderiam facilmente encaixar em seus próprios sistemas. Assim o Espiritismo, filho bastardo da teoria gravitacional de Newton (que previa sistemas naturais fechados, sem intervenções sobrenaturais) e das experiências psíquicas das irmãs Fox (que mais tarde se provaram truques grosseiros) encontrou na teoria de Darwin a explicação perfeita para sua doutrina da transmigração das almas, elas estavam "evoluindo". Anos depois da abandono do modelo Newtoniano pela relatividade de Einstein e do desmascaramento das irmãs Fox, o Espiritismo ainda tenta manter uma fachada de "científico", mas não engana mais ninguém que não queira ser enganado.

Mas e o Comunismo? Ele assim como o Espiritismo e outras criações da sua época criaram multidões de seguidores que fanaticamente persistem após suas derrocadas.

O Comunismo optou por provar sua superioridade e modernidade escravizando o povo e os obrigando a construir o estado perfeito. Começaram as épocas das mega estatais, mega construções, super projetos, etc...
Precipítou-se uma competição com os Estados Unidos e o Modelo Capitalista/Democrata. O final todos sabem, o Neanderthal, mostrou-se mais hábil, eficiente e inteligente que o "evoluido" homo sapiens comunista, e o destruiu. A liberdade venceu a opressão. O indivíduo livre mostrou-se mais poderoso do que as massas escravizadas e ideologicamente fanatizadas.

Dos mega projetos nada mais resta senão escombros. As que não foram privatizadas, foram demolidas. Apenas uma se mantêm firme e forte, a mais improvável delas. A ponte que construíram entre o Comunismo e a Bondade.

Não imagino quem tenha levado a contento obra tão diabólica senão o próprio Demo, o coisa-ruim. Mas o fato é que mesmo hoje, contra todas possibilidades, tem muita gente boa que conceitualmente transformou o comunismo em sinônimo de bondade. E essa obra está tão bem sedimentada, tão diabólicamente arraigada, que muitos santificam e defendem os crimes já cometidos e ainda praticados pelo Comunismo. O mesmo homem que com ira e desprezo se refere ao regime militar, olha com simpatia para o regime de Fidel Castro.

Como Nietzche apregoava: Que não se torne o caçador de monstros ele mesmo um monstro.

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