quinta-feira, 18 de novembro de 2004

Por essas e outras eh que fica dificil respeitar "teologos" como o Frei Betto, esse discurso abaixo so pode provir de algum completamente alienado, e, pior, partidarista.

Nova Libertação

O século XX foi uma era libertária. Muitos eventos nos permitem caracterizar o século passado como um período de avanço rumo à emancipação do ser humano: as revoluções russa, chinesa e cubana; a descolonização da África e da Ásia; a vitória contra o nazi-fascismo; a derrota imposta aos EUA pelo heróico povo vietnamita; a libertação da mulher; o combate à discriminação racial; o fim do apartheid na África do Sul; Gandhi e a independência da Índia; a participação dos cristãos nas lutas por justiça etc.

Tantos sucessos não nos impedem de reconhecer equívocos e derrotas. A queda do Muro de Berlim marca o momento de maior fracasso. Muitos foram os fatores que contribuíram para isso. Vale ressaltar um deles, sobretudo por sabê-lo ainda presente em movimentos latino-americanos: a autocracia.

O século XXI promete ser um tempo de síntese dialética. Trata-se, agora, de libertar, não apenas a sociedade, mas também o coração humano, a economia e a consciência, de modo a traçar um novo perfil de socialismo que supere os determinismos categóricos e não veja na autonomia dos movimentos sociais, na sociedade civil, na crítica e na pluralidade de estruturas produtivas e distributivas uma ameaça ao seu avanço; pelo contrário, assumir tudo isso como alavancas, sem as quais se perpetuará a defasagem entre Estado e nação, partido e povo, teoria e prática.

Os desafios são profundos e fascinantes. É tempo de debatê-los e enfrentá-los. São exigências para todos nós que admitimos os desacertos dos processos libertários do século XX e sonhamos com um futuro próximo em que todos os povos tenham saciada a fome de pão e aplacada a fome de beleza -- esta, insaciável, pois são infinitos os desejos do coração."

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