Arte Popular
Por vezes algum atrevido quer comparar arte "popular", com arte de verdade. Não se pode comprar uma coisa com outra.
Esse tipo de arte têm o seu valor: ajuda a sociedade a manter suas tradições, ajuda a sociedade a se integrar e ainda cria uma "identidade" do meio (se positiva ou negativa depende).
Mas é exatamente nesses pontos positivos que se acha a semente de tudo o que tem de ruim na arte popular. Por ser estritamente ligado a cultura/sociedade da época, esse tipo de arte nasce e morre juntamente com a sociedade que a gerou.
Não falo essas coisas como especialista, que ninguêm se engane, mas sim como espectador mais exigente, que em determinado momento da vida notou a diferença entre os dois tipos de arte.
Arte popular é a expressão passageira da vulgaridade de sua época. É o comum, o ordinário que ganha corpo, voz e vida para depois ser tragado no mar do esquecimento, levado ao fundo pelo peso medonho da própria mediocridade.
Não se pode comprar arte popular com arte, digamos, clássica. Isso vale em todos os aspectos, literatura, música, pintura, escultura e por ai a fora.
A Arte real, a que realmente conta, não é aquela que consegue se sobressair no meio do qual foi criado, mas sim do meio. É aquela que consegue representar o que o homem tem de melhor e até mesmo ultrapassar, no seu apogeu, o próprio gênero humano.
Não dá para engolir, mediante isso, o comentário de que "Paulo Coelho" não pode ser um escritor ruim porque vende muito. Não se pode aplainar a arte pela frugaridade do povo.
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