terça-feira, 12 de outubro de 2004

Saiam de baixo

A superpotência tupiniquim mostra as garras:

O jornal O Globo (08/10/2004) noticiou o protesto da chancelaria uruguaia contra a participação do assessor do Presidente Lula, Marco Aurélio García, e de Aníbal Ibarra, prefeito de Buenos Aires, em um seminário organizado pela coalizão esquerdista opositora ao governo de Jorge Batlle. Segundo Didier Opertti, Ministro das Relações Exteriores do Uruguai, a participação desses dois elementos no referido evento constituiu uma ingerência em questões internas do Uruguai. O seminário ocorreu a menos de um mês das eleições gerais uruguaias, que acontecerão no próximo dia 31 de outubro.
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No começo deste ano, o jornal Valor Econômico (02/01/200) noticiou articulações envolvendo os governos do Brasil e da Argentina no sentido de influenciar os resultados do pleito uruguaio, já que a atual orientação política do governo de Jorge Batlle não se alinha com os propósitos de uma união política continental.
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Ao lado do Partido dos Trabalhadores, o Frente Amplio, que une vários setores da esquerda uruguaia, participa do Foro de São Paulo, organização que congrega partidos de esquerda e grupos guerrilheiros na América Latina, inclusive as FARC (Colômbia), o Exército Zapatista de Liberação Nacional (México), o Tupac Amaru (Peru) e a organização terrorista MIR (Chile). (fonte: Mídia sem Máscara)


O caso é mais grave do que parece, é como se o Colim Powell aparecesse num comício do José Serra. O que iriam dizer o PT? A superpotência americana está interessada em desbancar a esquerda no Brasil, isso é uma invasão, um insulto, uma brutalidade.

Agora quando o caroço é no angu dos outros, sempre aparecem com uma desculpa desforrada. Se o Lula em inauguração de obra fala da Marta "foi só uma opinião pessoal dele..." Agora Lula manda o seu acessor (com passagem paga por quem?) para um seminário promovido pela oposição do atual governo Uruguaio e cria um clima de tensão entre os dois países que só não é maior porque lá se está muito ocupado com as eleições.

Um dia o Brasil pode mesmo ser o país do futuro, o que temo é que quando esse dia chegar, o mundo sinta falta dos bons tempos do imperialismo americano.

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