1920 - 2005
"Pode-se dizer que tudo o que aconteceu na Europa Oriental nos últimos anos teria sido impossível sem os esforços do papa e o enorme papel, inclusive político, que ele desempenhou na arena mundial".(Gorbatchov, sobre a derrota vergonhosa do comunismo)
Pode-se dizer o que quiserem contra as convicções do Papa. Da sua idolatria marianista; da sua política anti-contracepção; da maneira decepcionante que tratou os casos de pedofilia envolvendo padres norte-americanos.
Sim, existem muitos pontos polêmicos que, ao menos no caso de um romanista fanático, podem aspergir manchas irremovíveis no legado do último Papa.
Mas as imagens de milhares de pessoas se comovendo ao redor do mundo é uma ilustração fiel da importância dele e do peso que teve na história recente. Outra testemunha foi o seu papel chave na política mundial da última metade do século passado.
Morre hoje um dos últimos grandes homens do nosso tempo, com certeza um dos últimos grandes líderes da história recente. Basta olhar para o horizonte e ver as personalidades que comandam as nações atualmente, e as medíocres, ignorantes e limitadas figuras de Bushes, Chaves e Lulas que povoam o cenário político mundial mostram um mundo formado por pessoas pequenas com pequenos líderes a guiá-los a lugar nenhum.
O Papa vai deixar saudades e o tipo de homens que ele representa, num futuro muito próximo, num planeta formado por semi-homens, constituirão matéria-prima para mitos.
O celibatário se vai, deixando para trás, um planeta de castrados.
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