Semana passada transpus mais uma barreira de preconceito e comprei uma impressora à jato de tinta multifuncional. Uma daquelas printer-scaner-copy-fax coisas que me deixa confuso só de pensar no que ela faz. O modelo escolhido foi uma HP Deskjet F4280. No Brasil esse modelo custa cerca de 250 reais, aqui paguei 39 dólares. Até aqui tudo normal, aquela velha história do governo brasileiro lucrando com algo que ele não teve nem trabalho nem mão de obra nenhuma.
Mas a realidade do Brasil, felizmente, não é mais a minha realidade e finalmente posso comprar alguma coisa sem ficar pensando que fui roubado.
Ou quase
Logo do lado da impressora, no setor de softwares, o preço do novo windows 7, a melhor copia de Mac OS que a microsoft já fez desde o Windows 95.
Respectivamente U$ 119; 199 e 219 pelas versões "Home Premium", "Professional" e "Ultimate" respectivamente. Ou seja, a Microsoft vende o windows em partes, como se a HP resolvesse vender a multifuncional dela em partes também.
Pensei no numero de funcionários, material, mão de obra, tecnologia empregada, etc, para montar uma impressora como essa da HP. A Microsoft pode ter mais investimento na área de desenvolvimento, mas na hora da produção, basta apertar um botão, colocar um DVD virgem de .99 cents e fazer um milhão de cópias desse software. Do lado da HP é uma história bem diferente, são centenas de pessoas trabalhando e um tempo considerável para se produzir uma impressora.
Nada justifica a Microsoft, ou qualquer outra empresa de tecnologia que seja, cobrar 10x mais por um software do que a HP cobra por suas impressoras.
A única explicação possível é o monopólio de mercado que a MS possui. Assim como o governo brasileiro possui o monopólio das taxas sobre os brasileiros a MS tem o monopólio sobre a vida dos usuários de Windows.
Passei diretamente pela estante da MS e fui para a estante da Apple. O preço do Snow Leopard, codnome do Mac OS 10.6 e a inspiração detrás do Windows 7, segundo um funcionário da MS é de U$ 25.00.
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