.::Quando Sopra o Minuano::.
"O vento sopra aonde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito." (Bíblia, João 3:8)
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
sábado, 8 de outubro de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
terça-feira, 2 de março de 2010
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Ano novo, Apê novo, Estúdio Novo.
iMac com monitor de 20" e monitor auxiliar de 19". Processador de Intel duocore 2.66 com placa de video de ATI Radeon Pro de 256, 2bg de RAM e 320 GB de HD.
HD externo de 1 TB e segundo HD externo de 120 GB (back up dos trabalhos).
Impressora Multifuncional HP Deskjet F4280.
Wacom Tablet Bamboo Fun
Headset BlueTooth Motorola S805
Na Parede, Da direita para a esquerda: Amelia Earheart; Pablo Picasso; Albert Einstein; Jane Goodall; Miles Davis; Jim Henson e Karamchand Gandhi.
É hora de começar a vida nos EUA com o pé direito.
iMac com monitor de 20" e monitor auxiliar de 19". Processador de Intel duocore 2.66 com placa de video de ATI Radeon Pro de 256, 2bg de RAM e 320 GB de HD.
HD externo de 1 TB e segundo HD externo de 120 GB (back up dos trabalhos).
Impressora Multifuncional HP Deskjet F4280.
Wacom Tablet Bamboo Fun
Headset BlueTooth Motorola S805
Na Parede, Da direita para a esquerda: Amelia Earheart; Pablo Picasso; Albert Einstein; Jane Goodall; Miles Davis; Jim Henson e Karamchand Gandhi.
É hora de começar a vida nos EUA com o pé direito.
sábado, 30 de janeiro de 2010
Do Blog do Reinaldo Azevedo
"Tivesse o PT vencido as eleições em 1989, 1994 ou 1998, seríamos, possivelmente, a mais ocidental das nações africanas. Em 89, Lula prometia implantar o socialismo; em 94, prometia acabar com o Real; em 1998, ele já não sabia mais o que prometer. Em 2002, ao assinar a Carta ao Povo Brasileiro, prometeu que seguiria o figurino deixado por FHC. E aí se faça justiça: ele cumpriu a palavra."
"Tivesse o PT vencido as eleições em 1989, 1994 ou 1998, seríamos, possivelmente, a mais ocidental das nações africanas. Em 89, Lula prometia implantar o socialismo; em 94, prometia acabar com o Real; em 1998, ele já não sabia mais o que prometer. Em 2002, ao assinar a Carta ao Povo Brasileiro, prometeu que seguiria o figurino deixado por FHC. E aí se faça justiça: ele cumpriu a palavra."
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Semana passada transpus mais uma barreira de preconceito e comprei uma impressora à jato de tinta multifuncional. Uma daquelas printer-scaner-copy-fax coisas que me deixa confuso só de pensar no que ela faz. O modelo escolhido foi uma HP Deskjet F4280. No Brasil esse modelo custa cerca de 250 reais, aqui paguei 39 dólares. Até aqui tudo normal, aquela velha história do governo brasileiro lucrando com algo que ele não teve nem trabalho nem mão de obra nenhuma.
Mas a realidade do Brasil, felizmente, não é mais a minha realidade e finalmente posso comprar alguma coisa sem ficar pensando que fui roubado.
Ou quase
Logo do lado da impressora, no setor de softwares, o preço do novo windows 7, a melhor copia de Mac OS que a microsoft já fez desde o Windows 95.
Respectivamente U$ 119; 199 e 219 pelas versões "Home Premium", "Professional" e "Ultimate" respectivamente. Ou seja, a Microsoft vende o windows em partes, como se a HP resolvesse vender a multifuncional dela em partes também.
Pensei no numero de funcionários, material, mão de obra, tecnologia empregada, etc, para montar uma impressora como essa da HP. A Microsoft pode ter mais investimento na área de desenvolvimento, mas na hora da produção, basta apertar um botão, colocar um DVD virgem de .99 cents e fazer um milhão de cópias desse software. Do lado da HP é uma história bem diferente, são centenas de pessoas trabalhando e um tempo considerável para se produzir uma impressora.
Nada justifica a Microsoft, ou qualquer outra empresa de tecnologia que seja, cobrar 10x mais por um software do que a HP cobra por suas impressoras.
A única explicação possível é o monopólio de mercado que a MS possui. Assim como o governo brasileiro possui o monopólio das taxas sobre os brasileiros a MS tem o monopólio sobre a vida dos usuários de Windows.
Passei diretamente pela estante da MS e fui para a estante da Apple. O preço do Snow Leopard, codnome do Mac OS 10.6 e a inspiração detrás do Windows 7, segundo um funcionário da MS é de U$ 25.00.
Mas a realidade do Brasil, felizmente, não é mais a minha realidade e finalmente posso comprar alguma coisa sem ficar pensando que fui roubado.
Ou quase
Logo do lado da impressora, no setor de softwares, o preço do novo windows 7, a melhor copia de Mac OS que a microsoft já fez desde o Windows 95.
Respectivamente U$ 119; 199 e 219 pelas versões "Home Premium", "Professional" e "Ultimate" respectivamente. Ou seja, a Microsoft vende o windows em partes, como se a HP resolvesse vender a multifuncional dela em partes também.
Pensei no numero de funcionários, material, mão de obra, tecnologia empregada, etc, para montar uma impressora como essa da HP. A Microsoft pode ter mais investimento na área de desenvolvimento, mas na hora da produção, basta apertar um botão, colocar um DVD virgem de .99 cents e fazer um milhão de cópias desse software. Do lado da HP é uma história bem diferente, são centenas de pessoas trabalhando e um tempo considerável para se produzir uma impressora.
Nada justifica a Microsoft, ou qualquer outra empresa de tecnologia que seja, cobrar 10x mais por um software do que a HP cobra por suas impressoras.
A única explicação possível é o monopólio de mercado que a MS possui. Assim como o governo brasileiro possui o monopólio das taxas sobre os brasileiros a MS tem o monopólio sobre a vida dos usuários de Windows.
Passei diretamente pela estante da MS e fui para a estante da Apple. O preço do Snow Leopard, codnome do Mac OS 10.6 e a inspiração detrás do Windows 7, segundo um funcionário da MS é de U$ 25.00.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Green Card
Ontem recebi meu Green Card pelo correio. O processo todo demorou cerca de 4 meses, desde que demos a "entrada" dos papéis até a aprovação. Nada mal comparados aos 2 anos que demorou para minha esposa conseguir um visto de trabalho no Brasil.
Em 3 anos eu posso requerer cidadania americana, se tiver que abnegar da minha cidadania brasileira eu decidi não tirar.
Não que a cidadania brasileira valha mais do que um papel amassado para mim, vale menos que isso, mas ser brasileiro é o mais perto que tenho de ser gaúcho, e não deixo de ser gaúcho por nada.
Só não sabia que o green card agora é "pink"
Ontem recebi meu Green Card pelo correio. O processo todo demorou cerca de 4 meses, desde que demos a "entrada" dos papéis até a aprovação. Nada mal comparados aos 2 anos que demorou para minha esposa conseguir um visto de trabalho no Brasil.
Em 3 anos eu posso requerer cidadania americana, se tiver que abnegar da minha cidadania brasileira eu decidi não tirar.
Não que a cidadania brasileira valha mais do que um papel amassado para mim, vale menos que isso, mas ser brasileiro é o mais perto que tenho de ser gaúcho, e não deixo de ser gaúcho por nada.
Só não sabia que o green card agora é "pink"
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Comparando o caso de Bernard Maddof com de Antônio Palocci Reinaldo Azevedo dispara:
"Há, vocês sabem, muitas diferenças entre o que se chama “Primeiro Mundo” e o tal “Terceiro Mundo”. Entre as mais evidentes, está o que eles fazem com os seus bandidos e o que nós fazermos com os nossos. Eles põem os deles na cadeia; nós pomos os nossos no poder."
Por isso e mais algumas coisas ele tem o blog de política mais lido do país.
"Há, vocês sabem, muitas diferenças entre o que se chama “Primeiro Mundo” e o tal “Terceiro Mundo”. Entre as mais evidentes, está o que eles fazem com os seus bandidos e o que nós fazermos com os nossos. Eles põem os deles na cadeia; nós pomos os nossos no poder."
Por isso e mais algumas coisas ele tem o blog de política mais lido do país.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Arriscar é viver
Soren Kiekegaard
"Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor o seu eu verdadeiro. Expor suas idéias e sonhos em público é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer.
Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção. Tentar é arriscar-se a falhar.
Mas... é preciso correr riscos.
Porque o maior azar da vida é não arriscar nada... Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são. Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza. Mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver... Acorrentadas às suas atitudes, são escravas, abrem mão da sua liberdade.
Só a pessoa que arrisca é livre...
Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.
Não se arriscar é perder a vida..."
Soren Kiekegaard
"Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor o seu eu verdadeiro. Expor suas idéias e sonhos em público é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer.
Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção. Tentar é arriscar-se a falhar.
Mas... é preciso correr riscos.
Porque o maior azar da vida é não arriscar nada... Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são. Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza. Mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver... Acorrentadas às suas atitudes, são escravas, abrem mão da sua liberdade.
Só a pessoa que arrisca é livre...
Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.
Não se arriscar é perder a vida..."
segunda-feira, 30 de março de 2009
Como é do conhecimento de alguns, comecei nova vida em outras terras. Como vivi metade da minha vida no Brasil e a outra metade no Japão, resolvi dessa vez ficar no meio do caminho, Me mudei para os Estados Unidos da América e assumi meu novo endereço quase ao mesmo tempo que o Barack Obama assumiu a casa branca.
Se mudar para os Estados Unidos é como instalar TV a cabo pela primeira vez. Diga-se adeus as novelas da globo, com suas choradeiras, gritarias, dramalhões e lições questionáveis de moral. A sociedade brasileira é como as novelas da globo. Enjoativas e enfastiáveis. A bossa nova foi o último suspiro do que se poderia chamar "cultura" brasileira, a última coisa interessante que aconteceu, que produzimos. Agora temos os "raps" e "funks" da vida. O que temos agora é uma subcultura que se contenta em copiar novidades de fora. O que temos é enjoativo, barulhento, demagogia e lições questionáveis de moral.
Mas assim como não se consegue fugir de toda a mediocridade que transborda pelas beiradas dessa imensa e fétida fossa cultural e fatalmente iremos nos envolver em conversas sobre a nova vilã da novela das nove, ou quem foi no paredão no BBB (que é a novela das 10). Mesmo aqui, neste santo refúgio, involuntariamente recebo notícias da minha "terra mater" que me machucam os sentidos.
Ontem vi o nosso arremedo de presidente produzindo o que ele produz melhor, gafes. Os comentários iluminados e racialmente carregados do sr. presidente da república da lulolândia sobre a crise ser produzida por "gente branca de olhos azuis". foram divulgados em diversos noticiários daqui, e me vi obrigado a fazer o que fazia sempre que a TV aberta respingava nos canais pagos, trocar de canal.
Pode parecer um comentário amargo, mas estou cansado de me ocupar com as mazelas do Brasil, porque em última instância, essas mazelas são causadas pelos próprios brasileiros, que não sabem viver sem choradeira, gritaria, dramalhões...
Se mudar para os Estados Unidos é como instalar TV a cabo pela primeira vez. Diga-se adeus as novelas da globo, com suas choradeiras, gritarias, dramalhões e lições questionáveis de moral. A sociedade brasileira é como as novelas da globo. Enjoativas e enfastiáveis. A bossa nova foi o último suspiro do que se poderia chamar "cultura" brasileira, a última coisa interessante que aconteceu, que produzimos. Agora temos os "raps" e "funks" da vida. O que temos agora é uma subcultura que se contenta em copiar novidades de fora. O que temos é enjoativo, barulhento, demagogia e lições questionáveis de moral.
Mas assim como não se consegue fugir de toda a mediocridade que transborda pelas beiradas dessa imensa e fétida fossa cultural e fatalmente iremos nos envolver em conversas sobre a nova vilã da novela das nove, ou quem foi no paredão no BBB (que é a novela das 10). Mesmo aqui, neste santo refúgio, involuntariamente recebo notícias da minha "terra mater" que me machucam os sentidos.
Ontem vi o nosso arremedo de presidente produzindo o que ele produz melhor, gafes. Os comentários iluminados e racialmente carregados do sr. presidente da república da lulolândia sobre a crise ser produzida por "gente branca de olhos azuis". foram divulgados em diversos noticiários daqui, e me vi obrigado a fazer o que fazia sempre que a TV aberta respingava nos canais pagos, trocar de canal.
Pode parecer um comentário amargo, mas estou cansado de me ocupar com as mazelas do Brasil, porque em última instância, essas mazelas são causadas pelos próprios brasileiros, que não sabem viver sem choradeira, gritaria, dramalhões...
quinta-feira, 5 de março de 2009
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Tudo o que se tem que falar sobre a olimpíada está escrito por ai. Basta uma pequena circulada entre os blogs e colunistas on-line mais recentes e se tem um apanhado bem completo do que se passa na cabeça das pessoas sobre a edição 2008 das olimpíadas.
Mas uma abordagem que eu ainda não ví foi a abordagem "teológica" do evento. Na falta de uma, produzo algo do gênero.
O que mais se fala por ai é o desempenho pífio da delegação brasileira, transformada em Cristo, para que através da sua morte (sofrimento) redimisse todo o povo brasileiro não do pecado, mas da mediocridade. Os atletas padeceram sim, mas sem ressurreição e muito menos glória. Assim como a ressurreição deu sentido à paixão, da mesma forma a vitória dá sentido ao sofrimento obtido em anos de treinamento e abnegação pelo esporte (e no caso do Brasil, um sofrimento extra pela “infância difícil” sempre lembrada e pelo descaso do governo, sempre o culpado das derrotas do povo, uma posição que ele mesmo fez questão de ocupar). A medalha de ouro é a consumação da vitória, um símbolo que representa ao mesmo tempo a dedicação e treinamento como a superação dos seus iguais. É o equivalente cristão da glorificação de Cristo, assentado agora à direita do Deus Pai.
A falta de um número significativo de medalhas de ouro expõe o fracasso da delegação brasileira, expõe o país do qual a delegação pertence e expõe o povo que compõe o país. Nossa sociedade não produz campeões, mas porque? O governo, como sempre, vai ser apontado como principal culpado, mas não sinto pena dele, primeiro porque ele tem mesmo uma parcela grande de culpa, segundo porque, como já mencionei, essa posição paternalista foi assumida marotamente por ele, que usa essa posição para manipular a população e tentar fazer “filhos bem comportados”. Merece agora receber pedradas e ser desprezado. É como se Deus Pai não tivesse ressuscitado seu filho. Culpamos a Deus, e culpamos os governos ser vítimas de forças maiores é uma posição confortável para o pensamento brasileiro típico.
Percebi isso na entrevista que a Rede Globo fez com Fabiana Murer logo após o caso do sumiço da vara, quando ela saia de campo com a certeza da derrota. O repórter fez de tudo para transforma-la numa vítima. Ela lutava para manter a dignidade defronte as câmeras, fazia sorrisos forçados, procurava se recompor a cada baque que a memória da derrota trazia. O repórter insistia: “você não se achou injustiçada”? “você não teria chance de vencer se isso não tivesse acontecido”? ele insistia e insistia e ela lutou bravamente, até que ele usou de sua “arma secreta”, truque sujo da Globo para trazer lágrimas às câmeras em caso de vitória ou derrota. “Estamos com sua mãe e familiares ao vivo, você não quer mandar um recado pra eles”? Notem como ele não falou “família” mas empregou “mãe e familiares”. A mãe e tudo que uma alma carente precisa nessas horas. A atleta não agüentou e verteu as tão esperadas lágrimas com as quais se esperava que se lavassem as almas dos brasileiros. “Nós somos bons, mas fomos injustiçados” é o que clama esse evangelho espúrio.
O único medalhista de ouro até agora não se enquadra na figura do perfeito brasileiro, um sofredor vindo das classes humildes que passava fome quando criança e agora é primeiro do mundo. Para ser um herói no nosso imaginário precisamos desse elemento, se algum dia o Brasil tiver um Capitão América, ele terá passado fome na infância e terá uma mãe que nasceu analfabeta. Mas Cielo, medalhista de ouro nos 50m na natação, não se enquadra nesse perfil. De classe média, embora classe média no Brasil não seja lá grande coisa, ele nunca deve ter passado fome, e numa outra comparação com Cristo, dessa vez negativa, ele não podia ser o messias, porque não estava livre do pecado, Cielo não é humilde o suficiente, traz aquela confiança nos seus treinamentos que, segundo ele, é confundida com arrogância, um erro muito comum por aqui. Como se não bastasse ser confiante, ele ainda abandonou o Brasil e foi viver e treinar nos Estados Unidos. Para a medalha de ouro olímpica ter atributos salvíficos para nós, não basta o seu vencedor ter nascido humilde e ter crescido humilde e se portar humildemente. ele precisa ser humilde no treinamento também. precisava ter treinado no piscinão de ramos, ou no rio amazonas e não numa piscina aquecida num país de primeiro mundo.
Essas exigências todas não são gratuitas, porque o povo acaba se espelhando no atleta para acreditar que ele mesmo não é medíocre, mas campeão. E assim como o Cristo deveria ser “um de nós”, sujeito a toda a tentação, como qualquer um de nós, mas ao mesmo tempo perfeito e sem pecado (hebreus 4:15, Bíblia), assim também a esses “redentores do povo“ devem ser ”um de nós“ ter nascido como ”um de nós“, ter crescido como ”um de nós“ e ter vivido (treinado) como ”um de nós“. Porque somente sendo eles um de nós, nos podemos vivenciar a vitória através deles.
O nome ”Olimpíada“ vem do ”Monte Olímpo“, o lugar onde os deuses gregos viviam. A idéia era que um atleta campeão se aproximava dos deuses através de suas façanhas.
Como eram espertos esses gregos, até hoje as coisas continuam assim.
Mas uma abordagem que eu ainda não ví foi a abordagem "teológica" do evento. Na falta de uma, produzo algo do gênero.
O que mais se fala por ai é o desempenho pífio da delegação brasileira, transformada em Cristo, para que através da sua morte (sofrimento) redimisse todo o povo brasileiro não do pecado, mas da mediocridade. Os atletas padeceram sim, mas sem ressurreição e muito menos glória. Assim como a ressurreição deu sentido à paixão, da mesma forma a vitória dá sentido ao sofrimento obtido em anos de treinamento e abnegação pelo esporte (e no caso do Brasil, um sofrimento extra pela “infância difícil” sempre lembrada e pelo descaso do governo, sempre o culpado das derrotas do povo, uma posição que ele mesmo fez questão de ocupar). A medalha de ouro é a consumação da vitória, um símbolo que representa ao mesmo tempo a dedicação e treinamento como a superação dos seus iguais. É o equivalente cristão da glorificação de Cristo, assentado agora à direita do Deus Pai.
A falta de um número significativo de medalhas de ouro expõe o fracasso da delegação brasileira, expõe o país do qual a delegação pertence e expõe o povo que compõe o país. Nossa sociedade não produz campeões, mas porque? O governo, como sempre, vai ser apontado como principal culpado, mas não sinto pena dele, primeiro porque ele tem mesmo uma parcela grande de culpa, segundo porque, como já mencionei, essa posição paternalista foi assumida marotamente por ele, que usa essa posição para manipular a população e tentar fazer “filhos bem comportados”. Merece agora receber pedradas e ser desprezado. É como se Deus Pai não tivesse ressuscitado seu filho. Culpamos a Deus, e culpamos os governos ser vítimas de forças maiores é uma posição confortável para o pensamento brasileiro típico.
Percebi isso na entrevista que a Rede Globo fez com Fabiana Murer logo após o caso do sumiço da vara, quando ela saia de campo com a certeza da derrota. O repórter fez de tudo para transforma-la numa vítima. Ela lutava para manter a dignidade defronte as câmeras, fazia sorrisos forçados, procurava se recompor a cada baque que a memória da derrota trazia. O repórter insistia: “você não se achou injustiçada”? “você não teria chance de vencer se isso não tivesse acontecido”? ele insistia e insistia e ela lutou bravamente, até que ele usou de sua “arma secreta”, truque sujo da Globo para trazer lágrimas às câmeras em caso de vitória ou derrota. “Estamos com sua mãe e familiares ao vivo, você não quer mandar um recado pra eles”? Notem como ele não falou “família” mas empregou “mãe e familiares”. A mãe e tudo que uma alma carente precisa nessas horas. A atleta não agüentou e verteu as tão esperadas lágrimas com as quais se esperava que se lavassem as almas dos brasileiros. “Nós somos bons, mas fomos injustiçados” é o que clama esse evangelho espúrio.
O único medalhista de ouro até agora não se enquadra na figura do perfeito brasileiro, um sofredor vindo das classes humildes que passava fome quando criança e agora é primeiro do mundo. Para ser um herói no nosso imaginário precisamos desse elemento, se algum dia o Brasil tiver um Capitão América, ele terá passado fome na infância e terá uma mãe que nasceu analfabeta. Mas Cielo, medalhista de ouro nos 50m na natação, não se enquadra nesse perfil. De classe média, embora classe média no Brasil não seja lá grande coisa, ele nunca deve ter passado fome, e numa outra comparação com Cristo, dessa vez negativa, ele não podia ser o messias, porque não estava livre do pecado, Cielo não é humilde o suficiente, traz aquela confiança nos seus treinamentos que, segundo ele, é confundida com arrogância, um erro muito comum por aqui. Como se não bastasse ser confiante, ele ainda abandonou o Brasil e foi viver e treinar nos Estados Unidos. Para a medalha de ouro olímpica ter atributos salvíficos para nós, não basta o seu vencedor ter nascido humilde e ter crescido humilde e se portar humildemente. ele precisa ser humilde no treinamento também. precisava ter treinado no piscinão de ramos, ou no rio amazonas e não numa piscina aquecida num país de primeiro mundo.
Essas exigências todas não são gratuitas, porque o povo acaba se espelhando no atleta para acreditar que ele mesmo não é medíocre, mas campeão. E assim como o Cristo deveria ser “um de nós”, sujeito a toda a tentação, como qualquer um de nós, mas ao mesmo tempo perfeito e sem pecado (hebreus 4:15, Bíblia), assim também a esses “redentores do povo“ devem ser ”um de nós“ ter nascido como ”um de nós“, ter crescido como ”um de nós“ e ter vivido (treinado) como ”um de nós“. Porque somente sendo eles um de nós, nos podemos vivenciar a vitória através deles.
O nome ”Olimpíada“ vem do ”Monte Olímpo“, o lugar onde os deuses gregos viviam. A idéia era que um atleta campeão se aproximava dos deuses através de suas façanhas.
Como eram espertos esses gregos, até hoje as coisas continuam assim.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Trabalho, Trabalho, Trabalho
Tanta coisa para fazer já cobra o seu preço (já tem cobrado a algum tempo, para falar a verdade). Tenho dormido pouco, tenho perdido compromissos e a memória começa a falhar.
Tempos extremos exigem medidas extremas, já dizia o karate kid (na verdade foi o mestre do kobra-kai, mas tudo bem, concordo com ele).
Em julho estarei partindo para um retiro. 2 semanas perdido no meio do pampa, longe da civilização e de seus vícios, afastado de tudo e de todos, sozinho e com comida e água racionados.
Mal posso esperar.
Tempos extremos exigem medidas extremas, já dizia o karate kid (na verdade foi o mestre do kobra-kai, mas tudo bem, concordo com ele).
Em julho estarei partindo para um retiro. 2 semanas perdido no meio do pampa, longe da civilização e de seus vícios, afastado de tudo e de todos, sozinho e com comida e água racionados.
Mal posso esperar.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
sexta-feira, 21 de março de 2008
quinta-feira, 20 de março de 2008
Mais um ano
Mais um ano entra na forma
Da tropilha dos meus anos
Baios, tordilhos, tobianos
Mas o índio se conforma
A vida não se transforma
Parada mesma que açude
Por causa da juventude
Isso são balda dos outros
De tanto lidar com potros
Só o que se fica é mais rude
De que vai servir mais um
Para mim que já domei tantos
A doma é cheia de encantos
Mas não deixa lucro algum
Sempre encilha-se o comum
Embora dome-se o bueno
O que para o pobre é pequeno
Para o rico é medicinal
E o que encanta o maioral
Sempre entristece o pequeno
De que me serve maneia
Lombilho, buçal trançado
Se o potro mais bem domado
Hoje é o que mais corcoveia
De que adianta a lua cheia
Em céu de nuvens coberto
Que me importa o rancho perto
Se lá não chega nem mora
E a china que mais adoro
Se foi para destino incerto.
Mais um ano entra na forma
Da tropilha dos meus anos
Baios, tordilhos, tobianos
Mas o índio se conforma
A vida não se transforma
Parada mesma que açude
Por causa da juventude
Isso são balda dos outros
De tanto lidar com potros
Só o que se fica é mais rude
De que vai servir mais um
Para mim que já domei tantos
A doma é cheia de encantos
Mas não deixa lucro algum
Sempre encilha-se o comum
Embora dome-se o bueno
O que para o pobre é pequeno
Para o rico é medicinal
E o que encanta o maioral
Sempre entristece o pequeno
De que me serve maneia
Lombilho, buçal trançado
Se o potro mais bem domado
Hoje é o que mais corcoveia
De que adianta a lua cheia
Em céu de nuvens coberto
Que me importa o rancho perto
Se lá não chega nem mora
E a china que mais adoro
Se foi para destino incerto.
quarta-feira, 12 de março de 2008
Belle prière à faire pendant la Messe
Seigneur, faites de moi un instrument de votre paix.
Là où il y a de la haine, que je mette l’amour.
Là où il y a l’offense, que je mette le pardon.
Là où il y a la discorde, que je mette l’union.
Là où il y a l’erreur, que je mette la vérité.
Là où il y a le doute, que je mette la foi.
Là où il y a le désespoir, que je mette l’espérance.
Là où il y a les ténèbres, que je mette votre lumière.
Là où il y a la tristesse, que je mette la joie.
Ô Maître, que je ne cherche pas tant à être consolé qu’à consoler, à être compris qu’à comprendre, à être aimé qu’à aimer, car c’est en donnant qu’on reçoit, c’est en s’oubliant qu’on trouve, c’est en pardonnant qu’on est pardonné, c’est en mourant qu’on ressuscite à l’éternelle vie.
----------------------------------------------------------------
Oração de São Francisco
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se ressuscita para a vida eterna.
-------------------------------------------------------
Essa oração é mais conhecida pelos seus primeiros versos, mas é o último verso que mais importa.
Seigneur, faites de moi un instrument de votre paix.
Là où il y a de la haine, que je mette l’amour.
Là où il y a l’offense, que je mette le pardon.
Là où il y a la discorde, que je mette l’union.
Là où il y a l’erreur, que je mette la vérité.
Là où il y a le doute, que je mette la foi.
Là où il y a le désespoir, que je mette l’espérance.
Là où il y a les ténèbres, que je mette votre lumière.
Là où il y a la tristesse, que je mette la joie.
Ô Maître, que je ne cherche pas tant à être consolé qu’à consoler, à être compris qu’à comprendre, à être aimé qu’à aimer, car c’est en donnant qu’on reçoit, c’est en s’oubliant qu’on trouve, c’est en pardonnant qu’on est pardonné, c’est en mourant qu’on ressuscite à l’éternelle vie.
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Oração de São Francisco
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se ressuscita para a vida eterna.
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Essa oração é mais conhecida pelos seus primeiros versos, mas é o último verso que mais importa.
sábado, 1 de dezembro de 2007
O Diabo São os Outros
Poderia fazer um extenso post sobre o novo teste da OCDE no qual o Brasil conseguiu ocupar uma das piores posições do mundo em conhecimento em Ciências, poderia falar das mil implicações e explicações para o fenômeno, mas prefiro citar o comentário do Catarro Verde, que coloca toda a questão com bom humor e a devida medida de revolta no tom do post. Divirtam-se.
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Dos filhos deste solo és madrasta nada gentil, pátria amada, Brasil. Saiu o resultado do teste aplicado pela OCDE em alunos de 15 anos, em 57 países, com ênfase em ciências. Ficamos na gloriosa 52ª posição. Porra, você acha pouco? Vencemos o Quirguistão, o Azerbaijão, o Qatar, a Tunísia e a Colômbia!
Em 2000, a ênfase dessa mesma prova, que se realiza a cada três anos, foi na habilidade de leitura. 32 países concorreram e ficamos em 32º lugar. Porra, de trás pra frente fomos o primeiro! Tudo depende do referencial.
Em 2003, repetimos o êxito em matemática: conquistamos a 41ª posição mundial, concorrendo com 41 países. Mas não há de ser nada. A copa de 2014 vem aí e vai ficar tudo bem.
Poderia fazer um extenso post sobre o novo teste da OCDE no qual o Brasil conseguiu ocupar uma das piores posições do mundo em conhecimento em Ciências, poderia falar das mil implicações e explicações para o fenômeno, mas prefiro citar o comentário do Catarro Verde, que coloca toda a questão com bom humor e a devida medida de revolta no tom do post. Divirtam-se.
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Dos filhos deste solo és madrasta nada gentil, pátria amada, Brasil. Saiu o resultado do teste aplicado pela OCDE em alunos de 15 anos, em 57 países, com ênfase em ciências. Ficamos na gloriosa 52ª posição. Porra, você acha pouco? Vencemos o Quirguistão, o Azerbaijão, o Qatar, a Tunísia e a Colômbia!
Em 2000, a ênfase dessa mesma prova, que se realiza a cada três anos, foi na habilidade de leitura. 32 países concorreram e ficamos em 32º lugar. Porra, de trás pra frente fomos o primeiro! Tudo depende do referencial.
Em 2003, repetimos o êxito em matemática: conquistamos a 41ª posição mundial, concorrendo com 41 países. Mas não há de ser nada. A copa de 2014 vem aí e vai ficar tudo bem.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Ora bolas!
Vejam só! O que é isso!
Um blog, nem me lembrava que tinha um.... Pra que serve essa tranqueira mesmo? Ahh... sim... digita aqui, posta ali, faz uma propagandinha acolá! E pronto! O planeta Terra inteiro (representado aqui por 5 ou 6 leitores) sabe o que vc pensa, como entende o mundo, como você é!
Coisa inútil isso aqui.
Vejam só! O que é isso!
Um blog, nem me lembrava que tinha um.... Pra que serve essa tranqueira mesmo? Ahh... sim... digita aqui, posta ali, faz uma propagandinha acolá! E pronto! O planeta Terra inteiro (representado aqui por 5 ou 6 leitores) sabe o que vc pensa, como entende o mundo, como você é!
Coisa inútil isso aqui.
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Leituras
Aqui, um presente para os hermanos que vivem saudosos de sua querência, uma descrição da mesma nas belas palavras de José de Alencar, tiradas do livro "O Gaúcho" que ultimamente tem me encantado.
Como são melancólicas e solenes, ao pino do sol, as vastas campinas que cingem as margens do Uruguai e seus afluentes!
A savana se desfralda a perder de vista, ondulando pelas sangas e coxilhas que figuram as flutuações das vagas nesse verde oceano.
Mais profunda parece aqui a solidão, e mais pavorosa, do que na imensidade dos mares.
Um ruído surdo reboou pelas grotas e algares que alcantilavam o cerro abruto. Parecia que a terra arquejava com o estertor de um pesadelo.
Ao mesmo tempo uma exalação ardente como o vapor de uma cratera derramou-se pela solidão. As feras uivavam longe na profundeza das selvas; e as aves espavoridas passaram soltando pios lúgubres. Os dois cavalos, com pêlo erriçado, resfolgavam aquele bafo ígneo, semelhante ao fumo de uma batalha; eles o conheciam: era o sopro da pátria selvagem; era o fôlego do pampa.
De repente a lua sepultou-se. Céu e terra submergiram-se num oceano de trevas. O aluvião das procelas se arremessara no horizonte e inundara a imensidade do espaço. Houve então um momento de silêncio pavoroso; era a angústia da natureza asfixiada pela tormenta.
Aqui, um presente para os hermanos que vivem saudosos de sua querência, uma descrição da mesma nas belas palavras de José de Alencar, tiradas do livro "O Gaúcho" que ultimamente tem me encantado.
Como são melancólicas e solenes, ao pino do sol, as vastas campinas que cingem as margens do Uruguai e seus afluentes!
A savana se desfralda a perder de vista, ondulando pelas sangas e coxilhas que figuram as flutuações das vagas nesse verde oceano.
Mais profunda parece aqui a solidão, e mais pavorosa, do que na imensidade dos mares.
Um ruído surdo reboou pelas grotas e algares que alcantilavam o cerro abruto. Parecia que a terra arquejava com o estertor de um pesadelo.
Ao mesmo tempo uma exalação ardente como o vapor de uma cratera derramou-se pela solidão. As feras uivavam longe na profundeza das selvas; e as aves espavoridas passaram soltando pios lúgubres. Os dois cavalos, com pêlo erriçado, resfolgavam aquele bafo ígneo, semelhante ao fumo de uma batalha; eles o conheciam: era o sopro da pátria selvagem; era o fôlego do pampa.
De repente a lua sepultou-se. Céu e terra submergiram-se num oceano de trevas. O aluvião das procelas se arremessara no horizonte e inundara a imensidade do espaço. Houve então um momento de silêncio pavoroso; era a angústia da natureza asfixiada pela tormenta.
sábado, 31 de março de 2007
Um tanto de Provocaçao
Nosso amigo Israel, fiel leitor e comentador desse blog, criou a tese de que "tem alguma alma que entende alguma coisa de qualquer coisa lá no inteiror [do governo] e está conseguindo (apesar dos pesares), [fazer] com que o Brasil cresça". Essa criatura puramente mitológica seria então o bastião da eficiência dentro do governo Lula, já que todos os outros setores estão em estado de miséria.Segurança, educação, saneamento, rodovias, portos, agricultura, pecuária, previdência, política externa, instituições políticas e a vergonha na cara não tem sem mostrado nada eficientes.
Argumentei que tal alma não existe, que esse "sustentador invisível" da economia brasileira chama-se "boa vontade do mercado" ou "aquecimento do comércio mundial" e tem pouco a haver com o governo do "esselentíçimo" Lula.
Pois bem posso me enganar, como qualquer mortal na face da terra, posso e tenho me enganado muito. Mas se eu me enganei e se realmente exista esse sábio hermitão isolado e escondido nas entranhas do governo, então é hora dele dar as caras e resolver de uma vez essa vergonhosa crise no sistema aéreo brasileiro, porque já se completam seis meses de crise, e o "esselentíçimo" Lula ainda não tem nem idéia do que está acontecendo. Como no caso do mensalão, ele "não sabe de nada",já que tem condução própria, ele nem precisa saber de nada mesmo.
Nosso amigo Israel, fiel leitor e comentador desse blog, criou a tese de que "tem alguma alma que entende alguma coisa de qualquer coisa lá no inteiror [do governo] e está conseguindo (apesar dos pesares), [fazer] com que o Brasil cresça". Essa criatura puramente mitológica seria então o bastião da eficiência dentro do governo Lula, já que todos os outros setores estão em estado de miséria.Segurança, educação, saneamento, rodovias, portos, agricultura, pecuária, previdência, política externa, instituições políticas e a vergonha na cara não tem sem mostrado nada eficientes.
Argumentei que tal alma não existe, que esse "sustentador invisível" da economia brasileira chama-se "boa vontade do mercado" ou "aquecimento do comércio mundial" e tem pouco a haver com o governo do "esselentíçimo" Lula.
Pois bem posso me enganar, como qualquer mortal na face da terra, posso e tenho me enganado muito. Mas se eu me enganei e se realmente exista esse sábio hermitão isolado e escondido nas entranhas do governo, então é hora dele dar as caras e resolver de uma vez essa vergonhosa crise no sistema aéreo brasileiro, porque já se completam seis meses de crise, e o "esselentíçimo" Lula ainda não tem nem idéia do que está acontecendo. Como no caso do mensalão, ele "não sabe de nada",já que tem condução própria, ele nem precisa saber de nada mesmo.
sábado, 24 de março de 2007
Crazy and Saints
I choose my friends not by their skin or other archetype, but by the pupil.
They have to have questioning shine and unsettled tone.
I'm not interested in the good spirits or the ones with bad habits.
I'll stick with the ones that are made of me being crazy and blessed.
From them, I don't want an answer, I want to be reviewed.
I want them to bring me doubts and fears and to tolerate the worst of me.
But that only being crazy.
I want saints, so they dount doubt differences and ask for forgiveness for injustices.
I choose my friends for their clean face and their soul exposed.
I don't just want a man or a skirt, I also want his greatest happiness.
A friend that doesn't laugh together doesn't know how to cry together.
All my friends are like that, half foolish, half serious.
I don't want forseen laughter or cries full of pity.
I want serious friends, those that make reality their fountain of knowledge, but that fight to keep fantasy alive.
I don't want adult or boring friends.
I want half kids and half elderly.
Kids, so they don't forget the value of the wind blowing on their faces and elderly people so they're never in a hurry.
I have friends to know who I am.
Then seeing them as clowns and serious, crazy and saints, young and old, I will never forget that 'normalcy' is a steril and imbecil illusion.
Loucos e Santos
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
I choose my friends not by their skin or other archetype, but by the pupil.
They have to have questioning shine and unsettled tone.
I'm not interested in the good spirits or the ones with bad habits.
I'll stick with the ones that are made of me being crazy and blessed.
From them, I don't want an answer, I want to be reviewed.
I want them to bring me doubts and fears and to tolerate the worst of me.
But that only being crazy.
I want saints, so they dount doubt differences and ask for forgiveness for injustices.
I choose my friends for their clean face and their soul exposed.
I don't just want a man or a skirt, I also want his greatest happiness.
A friend that doesn't laugh together doesn't know how to cry together.
All my friends are like that, half foolish, half serious.
I don't want forseen laughter or cries full of pity.
I want serious friends, those that make reality their fountain of knowledge, but that fight to keep fantasy alive.
I don't want adult or boring friends.
I want half kids and half elderly.
Kids, so they don't forget the value of the wind blowing on their faces and elderly people so they're never in a hurry.
I have friends to know who I am.
Then seeing them as clowns and serious, crazy and saints, young and old, I will never forget that 'normalcy' is a steril and imbecil illusion.
Loucos e Santos
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
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